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Você, garoto que curte garotos, em alegre euforia de pau lambuzado e pulsante, na companhia de libidinosas ratazanas de musculatura hipertrofiada. Eles, em atitudes, odores e corpos de macho, levam-lhe ao orgasmo físico e mental. O prazer maior vem da incógnita cópula entre seres do mesmo sexo.

Você, jovem homossexual, entende que continuar ocultando sentimentos e desejos pornográficos dentro de um armário é ato de extrema covardia. E a covardia, irmã profana do medo, tem sido a constante perversa de toda a sua existência, a partir do momento que a consciência exterior acusou a proibição do amor entre dois homens.

Você, refém do silêncio, conhece em profundidade o poder nefasto do mesmo; continua preso, acorrentado, limitado aos dissabores da marginalidade por ocultar a sua verdadeira essência. Mantendo-se calado você lança álcool no fogaréu de seu próprio inferno psicológico; na tola ideia de agradar aos outros, você apóia o falso e corroído moralismo no qual a ignorância popular se escora.

Você, ingênuo amigo, foi agraciado pelo século XXI. Já não se mandam bruxas a fogueiras; a Terra gira em torno do Sol. O século de novas e medonhas realidades foi herdado pela geração da qual você faz parte. E essa geração – ainda que iludida em grande parte pela satânica e gloriosa máquina midiática mundial, com seus ídolos, modismos, gigabytes de informação e terabytes de alienados – não admite certas mentalidades retrógradas.

Você, outrora um alienígena, buscou e encontrou respostas. A primitiva droga esotérica que narcotizava a sua felicidade cedeu espaço para outra espiritualidade, sem dogmas estúpidos. O pensamento divino mostrou a realidade do caráter individual humano: não é validado pela nacionalidade, escolaridade, religião, etnia, raça, cor de pele, classe social, preferência política ou orientação sexual. A hipocrisia foi embora e agora você é autêntico em sua própria verdade. Você está livre, e pode libertar muitos com o seu belo exemplo.

Deus agradece.

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